A Entidade, Annor: O Encontro
No erguer-se do luar alcantilado
Crocita um corvo enquanto sou lamúria,
Assusto-me e o percebo afortunado,
Pois voa contra o vento da penúria;
Ao leito o meu sombrífero sonhar
Desvela-se à mi’a fronte lentamente,
Um cântico, porém, junto ao nevar
Desperta-me e a lareira queima ardente;
“Que o fogo se acendera repentino?”
Clamei seguindo à porta da sacada,
Ninguém d’entre os pinheiros, nem o hino…
Silêncio tão perpétuo “Fui brindada
Co’as sombras de m’ia mente solitária”,
Mas ouço, no rompante… mortuária…
Atrás de mim… presença murmurada…