Deste Século
Perceba que são tempos assombrosos
Àqueles cuja essência é tão sensível
Vivendo em vis quebrantos ominosos
Expõem-se, sem desejo, ao desprezível;
Declinam, pois, equevos, sem escolha,
Se amargam pelo vasto deslouvor
Que abriga tanto os modos quanto a folha
Por onde letra alguma tem valor
Daqueles com espelho em seus semblantes
Enquanto se assoberbam delirantes,
Aviltam-se na graça do olvidar
E erigem-se do inóculo do acaso,
Postergam a ascensão p’ra mascarar
Que estão fazendo o mundo ser mais raso
Urgindo alarde agudo sem parar.