Melancolia de Verão

 

George Frederic Watts - Ellen Terry ('Choosing') oil on strawboard mounted on Gatorfoam, 1864

 

Delgado violino de Nunquam
Às sombras d’esta oca amargura
Fizera florir aelinos-nūsquam
Rebentos de constante tristura;

“Nas venturas ternuras virão”
digo às cálidas chuvas do estio
que entardecem na cor de açafrão
suspirando perpétuo vazio;

Mas tão quedas tais dunas de mim,
ascendidas no ermo onde estou,
vão contando-me as gotas carmim
tão vertidas no abismo que sou.

· · • • • ⊰ღ⊱ • • • · ·

Do latim:"Nunquam" (nunca)
"Aelinos" (canto fúnebre)
"Nusquam" (lugar nenhum)

Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

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