Às Sombras de Scar Narcht, Canto de nº II
Respiro-te alvo e vejo escuro o céu
Angústia e voz-silêncio pressentindo
Um sonho ou pesadelo, o vento, o véu
Da morte assim tão bela confundindo;
Nenhuma lua — vedes? Quão sombrio
Teus olhos na calada em verso pulcro
As presas e os murmúrios — arrepio
Deleito-me do horror, meu triste fulcro;
O sangue símil lembra-me das rosas
E as rosas tão singelas e sedosas
Se murcham são negrume carmesim
E então os pobres ínfimos espinhos
Definham sem calor e tão sozinhos
Igual eu sinto após teu beijo em mim.