Dark Academia: O que é essa subcultura?

Imagem criada por Sara Melissa de Azevedo com a ferramenta Midjourney

Você sabia que existe uma subcultura com uma estética misteriosa e clássica cujo principal foco e objetivo é instigar seus adeptos aos estudos, às leituras e à arte? Se você não sabia, agora sabe! Dark Academia é uma subcultura exatamente assim.

O Estilo e o âmago da subcultura

Dark Academia é uma celebração soturna do conhecimento, vestida em tons de sépia e imersa pela nostalgia de uma era de descobrimento intelectual intenso, o Renascimento. Em eterno elo com bibliotecas antigas e salas de aula de universidades clássicas, essa subcultura literária e visual busca preservar e enaltecer os romances góticos e o fervor pelo aprendizado. Sua essência não reside apenas na paixão pela literatura, pela poesia e pela filosofia, mas também na maneira quase ritualística com que seus adeptos se entregam ao estudo.

Cercados por pilhas de livros antigos, manuscritos e obras de arte que evocam o passado, eles buscam uma conexão mais profunda com o conhecimento antigo e, por vezes, esotérico.

Uma paleta em tons que refletem a melancolia contemplativa e inspiram a uma busca incessante pelo conhecimento, mesmo que esse percurso se revele difícil e sombrio.

A estética visual da Dark Academia é facilmente reconhecível: roupas de tweed, saias plissadas e suéteres de lã fazem parte do uniforme típico, frequentemente complementados por acessórios como óculos de armação grossa e relógios de bolso, evocando uma época em que a moda e o estudo eram entrelaçados com uma elegância despretensiosa.

O ambiente é igualmente meticuloso, com interiores que parecem cápsulas do tempo, imersos em uma paleta de cores que varia do marrom ao verde escuro, iluminados apenas pela luz suave de abajures ou pela lareira crepitante. Culturalmente, a Dark Academia não apenas revive estilos e práticas do passado; ela estimula um diálogo entre o clássico e o contemporâneo, questionando os métodos modernos de educação e a relação com o saber.

Autores clássicos são os preferidos dos membros da subcultura.

Em seu cerne, essa estética encoraja uma abordagem mais pensativa e introspectiva da aprendizagem, sugerindo que o verdadeiro entendimento vem não apenas de estudar, mas de viver os mistérios que cada página de um velho tomo pode oferecer. Através deste prisma, a Dark Academia não é apenas uma moda ou tendência, mas um modo de vida, uma ressonância das épocas passadas que ainda ecoa nos corredores do conhecimento, chamando para si aqueles que ouvem o sussurro dos séculos.

A Crítica

Alguns críticos problematizam a Dark Academia por ser intensamente influenciada pela cultura Europeia — o que denominaram “eurocentrismo”, mas assim como qualquer cultura interessante, por que não propagarmos seus bons ensinamentos entre pessoas que partilham das mesmas inspirações?

Segundo tais arguidores, o “eurocentrismo” valoriza uma cultura que fora excluída de muitos nos séculos passados e que não é “acessível” a todos, no entanto, o valor do questionamento será sempre inestimável: por que não permitir agora que essa cultura agregue todos aqueles que não puderam vincular-se a ela por segregação?

Nunca esqueça o passado, para não cometer os mesmos erros no futuro.

Em tudo nós temos pontos históricos deploráveis, vamos aprendendo a viver em sociedade com o passar dos anos e nós devemos utilizar estes conhecimentos para ampliar o nosso potencial, não podemos excluir toda uma cultura em razão das suas desgraças, seria como queimar livros que narram preconceitos comuns das épocas em que foram escritos sem levar em consideração o seu valor literário por detrás dos preconceitos enraizados. O passado deve ser visto, revisto, estudado. Assim não esquecemos de seus infortúnios e aprendemos com suas bonanças

Dark Academia, como subcultura e estética, alcança mais os jovens com uma premissa de valor: o estudo e a arte. Seus adeptos não almejam replicar a marginalização dos povos, tudo o que buscam é um espaço que coincida com o chamado dos seus corações.

Cafeína excessiva, insônia, descuido mental e físico fazem parte da crítica ao movimento.

Não se pode pecar pelo excesso, mesmo quando se trata de hábitos considerados benéficos. Não é apenas na Dark Academia que se encontrará essas extremidades prejudiciais, portanto, pô-las em pauta é significativo.

É formidável a apreciação da arte, dos estudos, da filosofia; sem abandonar a história, o conhecimento, a empatia e o cuidado. Apreciar o aconchego da solidão, os sabores amargos, as cores terrosas e a introspecção. Isso é Dark Academia e são esses princípios outonais que devem prevalecer em sua subcultura.

Influências

Escritores como Oscar Wilde, com a obra "O Retrato de Dorian Gray" que evidencia a beleza e a decadência. A complexidade moral e a erudição em "Crime e Castigo" de Dostoiévski. A tradição literária gótica, com seus mistérios e ambientações sombrias — características vistas em obras de Edgar Allan Poe e Mary Shelley. Do ponto de vista filosófico, a influência do existencialismo é palpável, com pensadores como Albert Camus e Jean-Paul Sartre. No cinema uma grande influência está no filme “A Sociedade dos Poetas Mortos” e “Cisne Negro”.

Agora que você já mergulhou neste eterno outono, o que acha de conhecer uma escritora e poetisa contemporânea de estilo Dark Academia? Navegue em LACRIMUR.COM e se deixe imergir.

Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

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