Âncora Anfêmera

'Alone in the World', Jozef Israëls, 1878

Na âncora anfêmera
Há tempos estática
Fiz-me uma ínsula

Meu céu é translúcido
Longínquo observo
Sangra a chuva em torrente

Se alastra o declínio
Na atmosfera de outrem
Às suas ínsulas sucumbidas

Na âncora anfêmera
Não há tempo
E de tão constante
Exausta está a comoção

Enquanto corpos isolados
Esquecem do calor
Cuja aproximação, e só ela,
Saberia lembrar. 

 
 
Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

Anterior
Anterior

Vurphor

Próximo
Próximo

Parágrafos Imanentes 01