Parágrafos Imanentes 01
O esperar do existir, a espera, curta anfemeridade sob a mortalha do tempo. Você levará o verso ao abismo da morte enquanto lamenta, no viver, o verso que não conta a própria sílaba? Você será sempre a projeção das máscaras quais tecem suas expectativas inalcançáveis, eu sei disso, porque no suor de sua fronte nada se evidencia mais do que a falta, a falta e a espera, ambas sob o prisma de um sonho mesquinho que a natureza não se importa. Você é ínfimo, como eu, pequenas partículas de nada. Ressuscite o deus que te faz importante enquanto você se volta ao pó, respirando cinzas em suas feridas narinas — as cinzas dos outros, queimados por sua profunda ignorância.
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The waiting of existence, the waiting, the short aphemerality under the shroud of time. Will you carry the verse to the abyss of death while still lives for lamenting the verse that does not count its own syllable? You will always be the projection of the masks that weave your unattainable expectations, I know that, because in the sweat of your forehead nothing is more evident than the lack, the lack and the waiting, both under the prism of a petty dream that nature don't cares. You are trifling, like me, little particles of nothing. Resurrect the god who makes you important as you turn to dust, breathing ash into your sore nostrils —the ashes of others, burned by your hollow ignorance.