Mal Devenir
Aflitos estão, mergulhados n’ausência
dormindo no véu do sonhar nebuloso
guiando o viver na ilusão-reticência,
cativos, em vão, do torpor deleitoso;
As flores do alvor, em licor escarlate,
respingam sinais, menosprezam-nas, tolos…
Semblante vital d’um triste calafate
vedando, tão só, p’ra sorver desconsolos…
São eles os quais, pertencentes ao mundo,
respiram, fiéis, decadência vestal,
e vão sucumbir em valores, no fundo,
repletos de fel… no vazio imortal.