Efígies
Teimosia de luto, calada
fundamenta somente o vazio…
eu vislumbro o silêncio, nevada,
na pureza da ausência de brio;
Na paisagem que fúnebre canta,
questionando me vejo, confusa,
de quem é a tragédia, a manta
sobre o corpo debaixo da musa?
Mas por vezes o escuro cintila…
Nada vejo ou escuto, ventila,
o perfume de areia, de morte;
A permuta das almas murmura:
“Condenada no ciclo d’agrura
habitando-se em dores-consorte”.