Nicola Samorì, Valle umana (Malafonte), 2018

 

Ó fardo este infinito penumbral
Uivando seu silêncio que me amarga
Às vísceras, o medo sepulcral,
Isola-me na prece — minha adarga;

Serena imensidão, revela o peito, 
Debaixo desta noite, sussurrando
Que os ares tão sombrios são-me o leito
O qual hei de jazer-me suplicando;

Mas como eu poderia imaginar
Que os ventos do obscuro abominar
Buscavam servilismo etéreo e pleno

E n’ávida aflição que estive tanto
Tangível me rendi regada ao pranto
Tomei do algar das sombras o veneno.

 
 
Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

Anterior
Anterior

Laslum

Próximo
Próximo

Experiência