Incômodo
Perdura ainda o tal do isolamento?
Ou só mantém-se a regra para mim?
Se saio vejo tantos n’um momento
Sorrindo e rindo em goles de festim;
Alguns até que vestem certos mantos
No rosto ou n’essa alma decadente
A qual carregam límpidos, sem prantos,
Enquanto vivo em cárcere vigente;
A sorte desse povo só me omina!
Se ouso a pé sair ali na esquina,
Provável qu’eu respire o vírus todo!
Eu devo estar de agrores malferidos,
Pois penso sou querida à ir p’r’o céu
Ou eles é que são os preferidos?