É destino a aspereza de minh’alma
Negra e rútila seiva de inquietude
vinda deste silente enfraquecer,
mostre o ser que me habita em completude
pelo ermo e sombrio entristecer,
diga, pois, o que sei da infinitude
deste tão permanente aurorescer
Que, nas trevas, me faz… a completude…
Não me nego a verdade da existência,
sempre verte outrossim o lacrimar
e sozinha no peito a divergência
de mil noites perdura em abismar;
e se busco o rogar em complacência
Esperanças exalam o afleumar
P’ra depois me rasgar em dissidência…
Volto como enfim devo: alheável
pelo mundo e seus símeis habitantes
e doída em sentido inexorável,
reconheço os caminhos dissonantes;
Nos desertos me amargo e me afago
em martírios e em tanta alacridade,
esplendores da infância n’um imago:
Solidão de soturna eternidade.