Quanto o tempo resiste na memória?

 

Skulls Painting - Skull Rose by Alex Rios

 

Ó, dos féis que amarguram o meu cerne
estes ventos pretéritos estão,
pois me guiam n'outrora que concerne
às belezas que nunca voltarão,
mesmo sempre almejando que se eterne,
vejo as sombras da idade em seu clarão,
são-me, tais, a penúria de meu cerne;

Sinto as marcas nascendo em minha fronte,
todo pássaro canta lentamente,
tal nostálgica aura é horizonte,
minha essência parece mais clemente,
peço e rezo que exista alguma fonte
p'ra trazer-me, os prelúdios, ternamente,
plenos ares do estro como ponte;

Mesmo embora eu fosse solitária
— como sou desde então, mas em tristura —
lá havia uma mágica lendária
qual vestia em mim íntegra armadura;

Era árdua, porém, revigorante,
neste agora se faz fastidiosa,
tudo pende em sonhar nadificante,
só o fino lembrar mantém-me airosa.

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Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

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