Ingênuos Sonhos
Nesses tempos, minha única vontade é estar bem longe, próxima a uma floresta densa, com neblina e umidade; numa agradável casa aquecida, com lareira e chocolate quente. Eu estaria lendo e ocuparia meus instantes mais aconchegantes na solidão e no silêncio. Às cinco da manhã eu apreciaria a aurora pálida e, no horizonte, um belíssimo rio e uma cachoeira nascida das cordilheiras mais ancestrais. O sol como uma longínqua estrela branca e as sombras dos pinheiros soariam o cântico do vento. Um chá pela manhã com a suavidade da harpa que eu saberia tocar. A melancolia da música atrairia os pássaros negros mais exóticos e todos os tipos de seres mágicos das profundezas dos sonhos. Eu os alimentaria e lhes contaria a história do Nunca...