Nunca-estive
Vislumbro na evidência os teus olhos vazios pela infinitude ardente que carregam no silêncio. A beleza da tua máscara negra, os pés de teu eu de morada em meu ideal — caminhando devagar sobre as reticências quais me pertencem. Ouço tua voz noturna e esqueço quem tu és para quebrantar o sopro do sonho ainda tão jovem… e quão bem realizado o sufocar até à morte do sonho impertinente; veste tu a máscara que te veste, de uma vez por todas! E assim adormeço serena à perfeição do adeus célere. Para o plano onírico, o verdadeiro fim; teu beijo enquanto repouso, teu vazio de nunca-estive no abrir de meus olhos cansados.