Chuva Maldita

 

Nicola Samorí

 

A tempestade não cessa e Jonathan está sentado, como sempre, frente à tela de seu computador. Para seu infortúnio, um estrondo o desperta do transe e as luzes do bairro se apagam. Jonathan vai à janela, abre-a, está frio e nada se vê além do negro céu. “Chuva maldita” — ele resmunga, no entanto, antes que pudesse prolongar o reclame, sentiu-se perturbado; o som da porta de seu quarto abrindo-se devagar fez da tempestade um silêncio aterrador. Trêmulo e atormentado, num súbito movimento, Jonathan se vira. A porta esta fechada como de costume, nada há fora do comum. Ele busca se acalmar no exato momento do espargir de um clarão seguido de mais um estrondo. Na luz, as pupilas de Jonathan dilatam. Ele vê. Há uma uma poça de sangue debaixo da porta e um rastro inumano até o seu guarda-roupas.

Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

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