Chuva Maldita
A tempestade não cessa e Jonathan está sentado, como sempre, frente à tela de seu computador. Para seu infortúnio, um estrondo o desperta do transe e as luzes do bairro se apagam. Jonathan vai à janela, abre-a, está frio e nada se vê além do negro céu. “Chuva maldita” — ele resmunga, no entanto, antes que pudesse prolongar o reclame, sentiu-se perturbado; o som da porta de seu quarto abrindo-se devagar fez da tempestade um silêncio aterrador. Trêmulo e atormentado, num súbito movimento, Jonathan se vira. A porta esta fechada como de costume, nada há fora do comum. Ele busca se acalmar no exato momento do espargir de um clarão seguido de mais um estrondo. Na luz, as pupilas de Jonathan dilatam. Ele vê. Há uma uma poça de sangue debaixo da porta e um rastro inumano até o seu guarda-roupas.