Promessa de Solstício
Amado, esta invernia quando vem,
Na tua serenidade apaziguante,
Almejo o aconchego que nos tem
Somente em nosso leito lacrimante;
No peito teu deitar-me aquecida
E penso: a eternidade fulgurante
Protege nosso amor e faz da vida
Promessa de um só vínculo constante;
Tu me és tenro perfume de memórias
Em tanto formidáveis, por cuidado,
És lume, amor, pr’a toda a nossa história…
Segredas-me que estás propositado
A ouvir-me parolando as minhas juras,
Zelando, assim, sereno a mi’a candura…
Promete sempre estar, pois, ao meu lado?