Inconfidente

 

Eva Gonzalès

 

Loureio tua tredice, doce anímia… 
Ingênua aleivosia amargurada! 
Dou lírios à cobiça, alogamia, 
Caráter, tão só, teu — apedantada… 

Esqueça-me, ó anímia, balaclava 
No amor que produzi — afetuoso… 
Esqueça-me, por cada uma palavra 
Por que comigo, amásio defraudoso

Olvides teus espelhos que me efigem! 
Anímia, quis, por tanto, compreender… 
E vis, os teus maneios, não me atingem; 

Não mais, tal como outrora — a saber —  
Serás sincera a mim, virgem falaz? 
Eu temo que, p’ra ti, seja fugaz, 
Enquanto, para mim, doa esquecer… 

Escrito por Sara Melissa de Azevedo em 7 de setembro de 2024 

Animia (substantivo poético de dois gêneros): Aquele que imita, mímico.
Efigir (verbo poético): Fazer representar a imagem de alguém em algo.
Defraudoso (Adjetivo poético): Enganoso, fraudulento, decepcionante.
 
Palavras criadas por Sara Melissa de Azevedo

 
 
Sara Melissa de Azevedo

Diga-me, apreciaste esta obra? Conta-me nos comentários abaixo ou escreva-me, será fascinante poder saber mais detalhes da tua apreciação. Eu criei esta obra com profundo e inestimável amor, portanto, obrigada por valorizá-la com tua leitura atenta e inestimável. Meu nome é Sara Melissa de Azevedo. Sou Escritora, Poetisa e Sonurista. Formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial. Sou a Anfitriã dos projetos literários Castelo Drácula e Lasciven. Autora dos livros “Sete Abismos” e “Sonetos Múrmuros”. SAIBA MAIS

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